Sabe aquela sensação de que tem mais livro pra ler do que vida pra viver? Pois é, eu também sentia isso — e agora descobri que, na verdade, eu estava certo. Segundo pesquisas recentes, já foram publicados mais de 129 milhões de livros no mundo todo. Sim, milhões. Não cabe nem na estante da casa da sua avó, nem da biblioteca da faculdade.
Esses dados vieram de um levantamento que o pessoal da TonerBuzz fez usando fontes como Google Books e Nielsen BookScan. Todo ano, entre 500 mil e 1 milhão de livros novos são lançados pelas editoras tradicionais. E sabe o que é mais doido? Se a gente contar quem se autopublica (os autores independentes, tipo aquele amigo que lançou e-book na pandemia), esse número chega fácil nos 4 milhões de livros novos por ano. Sim, você leu certo: quatro milhões.
O lado bom e o lado caótico de tanto livro
Olha, nunca foi tão fácil encontrar um livro legal sobre qualquer coisa: desde física quântica até receitas de miojo gourmet. Só que, ao mesmo tempo, é normal ficar perdido. Sabe aquela sensação de abrir o catálogo da Netflix e não saber o que escolher? Com livro é igual ou pior.
A real é que muita coisa boa acaba passando batido. Tem livro incrível que nunca vai ser best-seller, esperando alguém esbarrar nele numa estante perdida ou num link aleatório. Então, hoje, ser leitor é ser um pouco explorador — quem lê, pesquisa, pede dica, tenta fugir do “mais do mesmo” e descobre tesouros onde ninguém procurou.
O leitor virou protagonista
Se antes a gente só lia o que caía no colo, agora a gente tem que escolher (e muito bem!). Cada escolha é um mundo novo. Vale pegar aquele clássico da lista da escola, mas também abrir espaço pro desconhecido: poesia contemporânea, autores independentes, fantasia nacional ou aquela biografia improvável. E, cá entre nós, não precisa se culpar se abandonar um livro no meio — faz parte do processo, a vida é curta demais pra ler só por obrigação.
Minha dica? Vá atrás do que te provoca. Troque ideia com os amigos, pergunte praquele professor gente boa, siga perfis literários. No fim, a melhor leitura é aquela que te pega de jeito, não importa se vendeu cem ou cem milhões.
E daqui pra frente?
Se tem uma coisa que aprendi nesse tempo todo lendo, estudando e fuçando livrarias, é que sempre vai ter alguém querendo contar uma história — e sempre vai ter um livro esperando por você. Não dá pra ler tudo, nem pra saber qual vai ser a próxima grande descoberta. Mas dá pra tentar, né?
No meio de tanta opção, o importante é não perder o prazer de escolher e se surpreender. Se um livro mudar seu dia ou sua forma de pensar, já valeu o tempo investido.
