Os 10 melhores romances que estão em domínio público

Histórias que foram sucesso no passado e seguem conquistando leitores curiosos de todas as idades

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Veja curiosidades, dicas e saiba onde baixar livros inesquecíveis de autores — Crédito: Freepik

Tem coisa melhor do que descobrir um grande livro, desses que atravessaram gerações, e perceber que está disponível de graça? Para quem gosta de boas histórias, personagens marcantes e aquele prazer de virar página sem culpa no bolso, o universo dos romances em domínio público é um prato cheio. E não pense que clássico é sinônimo de chato: muitos desses livros são cheios de reviravoltas, paixões, tretas e até humor afiado. Separei aqui dez obras incríveis, de vários países e estilos, para ler quando quiser, sem pressa nem boleto.

1. Dom Casmurro, de Machado de Assis

Vamos começar por aquele que sempre rende discussão. “Dom Casmurro” é um mistério nacional: Capitu traiu ou não traiu? Você lê, desconfia, muda de ideia… e entende por que todo mundo até hoje tem uma opinião. Fora que Machado de Assis escreve como ninguém — com ironia, leveza, e umas sacadas que só pegamos depois de adultos.

2. O Primo Basílio, de Eça de Queirós

Lisboa do século XIX, amores proibidos, fofocas de vizinhos, uma criada que muda tudo. “O Primo Basílio” é daqueles livros que você começa achando que vai ser só drama e de repente está rindo de situações absurdas, torcendo e até se irritando com as personagens. Realismo puro, mas com um quê de novela das nove.

3. O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë

Tem gente que acha esse o romance mais intenso já escrito. Heathcliff e Catherine não são um casal típico, e o cenário dos campos ingleses, com vento, chuva e sentimentos à flor da pele, deixa tudo mais sombrio e apaixonante. Prepare-se para uma montanha-russa de emoções.

4. Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Elizabeth Bennet, Mr. Darcy e diálogos tão afiados que dão gosto de ler. Jane Austen criou aqui não só uma história de amor, mas um retrato afiado da sociedade inglesa. É leve, divertido, cheio de ironia e com aquela dose de romance que faz a gente sorrir.

5. Os Miseráveis, de Victor Hugo

Aqui a história é longa e cheia de personagens, mas vale cada página. Jean Valjean e sua luta para encontrar redenção, Javert na perseguição, Fantine e Cosette… Você vai se pegar torcendo, sofrendo e pensando sobre justiça e esperança. É um daqueles livros que fazem a gente pensar sobre a vida inteira.

6. A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo

Acredite: o primeiro romance de sucesso da literatura brasileira ainda surpreende. Tem praia, promessa de amor, festa, segredo e um humor que não envelheceu. Ótimo para quem quer começar a ler clássicos nacionais sem susto.

7. Anna Kariênina, de Liev Tolstói

Rússia czarista, paixões proibidas, crises existenciais e um retrato de uma sociedade em transformação. Anna é uma das personagens mais marcantes de todos os tempos — humana, cheia de contradições, impossível de esquecer. Tolstói vai fundo nos dilemas morais e sociais.

8. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

O narrador morreu, mas está contando sua vida depois da morte. Pode parecer estranho, mas é genial. Machado faz a gente rir e pensar, mistura filosofia com humor ácido, critica tudo e todos (inclusive ele mesmo). Dá pra reler dez vezes e encontrar sempre algo novo.

9. Drácula, de Bram Stoker

Curte mistério e terror? “Drácula” é o pai de todos os vampiros — e continua sendo um suspense de respeito. Tem cartas, diários, perseguições noturnas e aquele clima sombrio da Londres vitoriana. Vale muito pra quem gosta de aventura com um pé no sobrenatural.

10. Senhora, de José de Alencar

Mais um brasileiro na lista, e com razão. Aqui, o casamento por interesse vira enredo, as reviravoltas não param e a protagonista, Aurélia, é das personagens femininas mais fortes do nosso romantismo. Uma história de orgulho, ressentimento e, claro, amor.

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Filósofo e articulista. Escreve como quem conversa à mesa, com ironia e franqueza, sobre o que a filosofia perdeu quando deixou de buscar a verdade. Para ele, pensar é resistir à confusão do tempo presente — é manter acesa a chama da lucidez num mundo que já se acostumou à mentira. Em seus textos, fala ao leitor como a um amigo, provocando-o a não ter medo de ver as coisas como realmente são.
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