Se tem uma coisa que ninguém consegue prever é o gosto de uma criança pra leitura. Às vezes, a gente compra aquele livro cheio de ilustração bonita, capa colorida, título engraçado, e a criança nem liga. Outras vezes, ela se apaixona por uma historinha simples, daquelas que você quase nem deu bola na prateleira. Vai entender.
O que mais chama atenção é que, quando a criança gosta de um livro, ela quer ler — ou ouvir — várias vezes. Isso é quase uma regra. Tem história que vira trilha sonora do mês, todo dia aquela mesma página, aquele mesmo personagem. E, olha, pode até cansar o adulto, mas pra criança é novidade de novo e de novo.
Agora, se você perguntar pra professores ou quem trabalha com criança, vai ouvir várias respostas diferentes sobre o que elas gostam de ler. Tem criança apaixonada por contos de fadas, outras gostam de aventura, mistério, bichos que falam, dinossauros, bruxa, super-herói… Tem a turma que só quer saber de livro engraçado, cheio de trocadilho e rima. E tem aquelas que querem saber das coisas do cotidiano, como é ir pra escola, como é fazer amizade, essas coisas.
Ultimamente, muita criança anda gostando de livros interativos, daqueles que pedem pra procurar algo na página, puxar aba, apertar botão. Tem até livro que mistura história com receita ou que ensina a desenhar enquanto conta uma aventura. Os livros de perguntas e respostas também fazem sucesso, principalmente na idade dos “por quês” (quem já viveu sabe do que estou falando…).
E tem a surpresa: às vezes, um livro clássico, que você jura que é “difícil” pra idade, conquista a criança. Um bom exemplo são as fábulas antigas, as histórias de Monteiro Lobato ou até versões adaptadas de grandes aventuras como “O Mágico de Oz”. Criança gosta de ser desafiada de vez em quando, e livro não precisa ser sempre “fácil”.
No fim das contas, cada criança é um universo. O segredo é experimentar, deixar ela escolher, às vezes oferecer um tipo diferente de história, sem pressão. E ficar atento: o que faz sucesso hoje pode não ser o preferido amanhã. Mas, se ela pedir pra ouvir de novo — por mais uma semana, ou um mês — aproveita. Porque a gente nunca sabe qual livro vai ficar pra sempre na memória deles.
Ah, e fica a dica: ler junto, conversar sobre a história, inventar finais diferentes… tudo isso faz parte da brincadeira. Quem lê com criança descobre um mundo novo toda vez.
					
							