10 livros para quem acha leitura “chata”

Muita gente quer começar a ler, mas sente que o livro não prende, que a mente dispersa, que o celular vence. A culpa raramente é do livro, mas do cérebro destreinado.

5min de leitura
Para quem nunca conseguiu pegar gosto pela leitura, essas histórias mostram que ler pode ser simples, divertido e até mudar o jeito como você vê o mundo — Crédito: Fotomontagem Editoria de Arte

Ler, para quem nunca teve o hábito, é como começar a academia depois de anos parado: exige paciência, esforço e persistência. Mas, depois que o ritmo engrena, o prazer aparece. Se você tem 22 anos (ou qualquer idade) e acha leitura uma atividade chata, talvez só não tenha encontrado o tipo de história certo. Por isso, esta lista reúne 10 livros ideais para quem quer destravar o gosto pela leitura, com opções que unem narrativa envolvente, linguagem acessível e temas capazes de despertar curiosidade — mesmo em quem não se considera “leitor”.

1. O Último Desejo – Andrzej Sapkowski

Primeiro volume da saga The Witcher. O livro é composto por contos curtos e independentes, cheios de ação, monstros e dilemas morais. É fantasia, mas com ritmo de série de TV. Ideal para quem já viu a série da Netflix ou jogou os games.

2. As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis

Fantasia clássica, com linguagem simples e capítulos curtos. É leve, divertido e cheio de simbolismo. A leitura perfeita para quem quer experimentar o prazer de “entrar em outro mundo” sem precisar de um mapa e um glossário para entender tudo.

3. O Guia do Mochileiro das Galáxias – Douglas Adams

Uma comédia cósmica sobre o absurdo da vida, misturando ficção científica e humor britânico. É impossível não rir — e quase impossível parar de ler. Um ótimo livro para treinar o foco e descobrir que pensar também pode ser engraçado.

4. 1808 – Laurentino Gomes

História do Brasil contada como se fosse um romance. Laurentino escreve com ritmo jornalístico, leve e cheio de curiosidades. Um jeito excelente de aprender história sem precisar encarar textos acadêmicos.

5. Cisnes Selvagens – Jung Chang

Três gerações de mulheres atravessam o século XX na China, do Império à Revolução Cultural. É real, emocionante e cheio de contexto histórico. Um livro que mostra como política e vida pessoal se misturam — e prende como um romance.

6. Eu, Cláudio – Robert Graves

Ficção histórica sobre o Império Romano, narrada por um dos próprios imperadores. Intrigas, traições e filosofia em tom de diário. É história viva, contada com ironia e humanidade.

7. O Hobbit – J. R. R. Tolkien

Se O Senhor dos Anéis parece longo demais, comece por O Hobbit. A aventura é mais leve, os nomes são fáceis e o humor, constante. Um clássico da fantasia que fala sobre coragem, amizade e o prazer de sair da zona de conforto.

8. Meditações – Marco Aurélio

Escrito por um imperador romano há quase dois mil anos, é um dos livros mais acessíveis de filosofia. Pequenos pensamentos sobre disciplina, serenidade e autoconhecimento. Mesmo sem “gostar de filosofia”, você vai se reconhecer ali.

9. Os Pilares da Terra – Ken Follett

Um dos melhores exemplos de ficção histórica. Se passa na Idade Média e acompanha a construção de uma catedral — e tudo o que acontece em volta dela. Intrigas, paixões e política em ritmo de série épica.

10. Harry Potter e a Pedra Filosofal – J. K. Rowling

Simples, divertido e envolvente. A história cresce junto com o leitor, e é comum que quem começa por aqui descubra o prazer de virar página atrás de página.

Dica final: o problema não é você — é o ritmo

Quem passa muito tempo nas redes sociais lê textos curtos, fragmentados e instantâneos. Por isso, o cérebro se acostuma com a recompensa rápida. Um livro exige o contrário: silêncio, tempo e foco. Mas é justamente aí que mora o prazer.
Comece com 10 páginas por dia. Deixe o celular longe, escolha uma história leve, e insista um pouco. A leitura é como uma musculatura mental — e, quando ela desperta, o mundo inteiro muda de cor.

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Professora de história e jornalista. Fala como uma professora que não perdeu o gosto de ensinar olhando nos olhos. Escreve como quem puxa uma cadeira, abre um livro e diz: “sente-se, vamos pensar juntos.” Suas palavras têm o tom sereno de quem aprendeu mais com a vida do que com os manuais, e a firmeza de quem sabe que sem esforço não há entendimento.
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